As Jornadas de Enoturismo são um projeto promovido pelo Enoturismo Centro de Portugal, em parceria com o Turismo Centro de Portugal, com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, com a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra e com as Comissões Vitivinícolas da Bairrada, da Beira Interior, do Dão, de Lisboa e do Tejo, tendo como objetivo enaltecer o enoturismo como um motor de promoção de um destino.
O primeiro dia do evento ficou marcado pela sessão de abertura das jornadas, que esteve a cargo do Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, do presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado, do presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, Francisco Toscano Rico e do presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Hermínio Rodrigues. O presidente da câmara de Alenquer, Pedro Folgado, e os vereadores Rui Costa (pasta do Turismo) e Tiago Pedro (pasta do Marketing Territorial) marcaram presença no evento.
Ainda no primeiro dia, foram debatidos temas como a “Cooperação Institucional e Multidisciplinar”, o “Enoturismo no Mundo”, “O que os operadores esperam de nós?” e ainda “A experiência de quem já trabalhou em rede”.
No segundo dia foram feitas visitas técnicas a unidades de enoturismo da região de vinhos de Lisboa, tendo em vista a “troca de experiências e aprendizagens num contexto mais prático”. As Jornadas do Enoturismo contaram também com passagem por Alenquer, mais concretamente pela visita à Quinta de Chocapalha, lugar onde a agricultura é vista como uma atividade de grande nobreza e que valoriza todos os que abraçam o projeto de enoturismo. Na Quinta de Chocapalha, o enoturismo é uma forma da família mostrar quem é, dar a conhecer o seu terroir único, que é espelhado nos vinhos mas, também, aquilo que a natureza proporciona e toda a sua beleza envolvente. Estiveram presentes cerca de 50 participantes das mais variadas áreas ligadas ao enoturismo.
A região de Lisboa ocupa um lugar de destaque no panorama vitivinícola de Portugal, não só pela extensão dos seus vinhedos, como também pela qualidade dos vinhos e aguardentes que produz, nos solos e clima únicos. A proximidade do Atlântico e a presença da corrente quente do Golfo permitem a produção de Vinhos Leves (baixo teor alcoólico). As serras de Montejunto e Candeeiros formam a fronteira montanhosa que permite produzir vinhos tintos de excelência.
Esta diversidade permite que a região detenha uma espantosa variedade de vinhos, e que, em qualquer refeição ou momento exista sempre, aqui, o vinho adequado.
Rui Costa, vereador com o pelouro do turismo na Câmara Municipal de Alenquer, recebeu os participantes e acompanhou a visita técnica a Alenquer, tendo sublinhado que “para além das mais-valias associadas à participação nas Jornadas de agentes económicos do nosso território que, obviamente, construíram e acrescentaram conhecimento sobre este tema em particular, as Jornadas valeram muito pelas visitas técnicas que possibilitaram a todos uma discussão alargada sobre as novas trends a nível do enoturismo em Portugal, uma atividade económica que cresce a cada ano que passa”.
Acrescentou ainda que “a visita à Quinta de Chocapalha e ao cenário vínico do nosso concelho em geral, e da freguesia de Aldeia Galega e Aldeia Gavinha em particular, foi o mote para a descoberta deste território por muitos dos participantes e um excelente momento de trabalho cooperativo sobre a própria visita, e sobre a Quinta de Chocapalha em particular”. Reiterou que “Alenquer continua a ser uma agradável surpresa para todos quantos nos visitam a nível do enoturismo e do vinho, razão que justifica de sobremaneira o trabalho e investimento que tem vindo a ser realizado pelo município [de Alenquer] ao longo da última década”.