O município de Alenquer vai candidatar as suas Festas do Império do Divino Espírito Santo a Património Cultural Imaterial Nacional.
A autorização para o início da inscrição no Inventário Nacional da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) foi aprovada por unanimidade na Reunião da Câmara desta segunda-feira, tendo por base a necessidade de preservar e perpetuar esta tradição secular.
As Festas do Império do Divino Espírito Santo tiveram origem na vila de Alenquer, há mais de 700 anos, instituídas pela Rainha Santa Isabel e pelo Rei D. Dinis, em 1321.
Seguindo os passos da diáspora portuguesa, atualmente, são celebradas em diversas partes do país e do mundo, onde a origem alenquerense é muitas vezes recordada.
No concelho de Alenquer, a tradição reveste-se de uma importância acrescida, sendo atualmente um dos eventos mais importantes e de maior notoriedade, que atrai anualmente largos milhares de visitantes durante as festividades.
Assumindo essa importância, em abril de 2021, o município classificou as Festas como Património Cultural Imaterial de interesse municipal, pensando também na proteção e valorização de todo o património artístico e arquitetónico associado às mesmas. Na última edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), foi também esse o tema escolhido pelo município para promoção territorial.
A elevação a Património Cultural Imaterial Nacional é o passo seguinte que o município procura agora dar, visando um reconhecimento também a nível nacional, à semelhança do que foi conseguido em 2021 com a tradição alenquerense do Pintar e Cantar dos Reis.
A candidatura será submetida em breve à DGPC, para apreciação e posterior votação, em Assembleia da República.
Importa ainda lembrar que o município de Alenquer, juntamente com os de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo, está a trabalhar no sentido de preparar também uma candidatura das Festas do Império do Divino Espírito Santo a Património Cultural Imaterial da Humanidade, junto da UNESCO.