O município de Alenquer investiu mais de meio milhão de euros na requalificação do Complexo Municipal Victor Santos, que alberga as piscinas municipais.
Na base desta decisão, esteve a necessidade de garantir melhores condições de usabilidade a este que é um dos equipamentos municipais mais utilizados, com centenas de utilizadores diários. O espaço, inaugurado em 1995, apresentava sinais claros de desgaste, provocado pela utilização intensiva ao longo de quase três décadas.
A requalificação do complexo iniciou em 2020, depois de criadas as condições orçamentais para o efeito e aproveitando a menor utilização decorrente do contexto pandémico.
Volvidos quase dois anos, as Piscinas Municipais de Alenquer contam agora com melhores condições de conforto e de segurança, dispondo também de uma gestão mais moderna e coincidente com aquilo que se exige de um equipamento atual.
Logo a começar, toda a experiência passa a ser gerida por um cartão de utilizador, interligado com o sistema de pagamentos, que serve para validar o acesso nos torniquetes de entrada.
Os balneários foram também eles remodelados, garantindo todas as condições de conforto e de segurança para os utilizadores.
Ainda assim, a mudança mais significativa aconteceu na piscina de 17 metros, cuja remodelação foi encarada como prioritária, atendendo a que serve públicos de várias idades.
“Demolimos o que existia e fizemos um interior todo novo, desde o tanque e a sua acessibilidade por parte de pessoas com mobilidade reduzida, como também balneários e um teto falso. O investimento foi muito significativo, com um valor aproximado de 200 mil euros”, explica Rui Costa, vereador com o pelouro do desporto, que já observou de perto o resultado da requalificação.
A juntar à reabilitação desta parte importante do complexo, houve também intervenções de fundo no capítulo da eficiência energética.
“Foi adquirido um novo sistema de desumidificação do complexo, que implicou um investimento superior a 100 mil euros, e que melhora o tratamento do ar de toda a nave da piscina de 25 metros. Complementámos o sistema de microgeração de energia fotovoltaica, existente na cobertura, com um sistema de biomassa. Adquirimos ainda coberturas isotérmicas para os dois tanques, para reduzir os consumos energéticos do espaço, numa altura em que os custos da energia e da água são elevados. Fizemos melhorias no capítulo do aproveitamento térmico da água, com a aquisição de equipamento para o efeito. Tudo isto torna o complexo mais moderno e eficiente, reduzindo os custos de manutenção”, frisa Rui Costa.
Com o recente arranque da época desportiva, o município deu também por concluída uma operação que acredita ser determinante para a melhoria da qualidade de vida da população, em especial dos utilizadores das piscinas municipais.
“Há vários anos que o município procurava encontrar, em termos orçamentais, uma resposta que pudesse satisfazer grande partes das necessidades. Fomos planeando esta intervenção e aproveitámos o período de pandemia para reorganizar por completo todo o complexo interior das piscinas. Os investimentos que foram feitos neste domínio ultrapassam bastante o meio milhão de euros. É um investimento muito significativo, num espaço com muita procura e com um custo de gestão também muito significativo, mas que o município assume como prioritário para a sua população e nunca colocou em causa o seu encerramento, ao contrário do que aconteceu noutros municípios. Espero que notem as diferenças ao entrar nas piscinas e que consigam perceber o investimento significativo ali feito, porque este traduz-se no conforto da sua utilização e foi a pensar nisso que o município realizou este esforço”, sublinha Rui Costa.
Tiago Pedro, vereador com o pelouro das obras públicas, destaca igualmente o investimento feito, salientando os ganhos para o município no capítulo da manutenção do espaço.
“Conseguimos uma melhor métrica de manutenção regular dos espaços. Numa perspetiva de gestão autárquica, não importa só criar equipamentos novos, importa sobretudo atualizar e manter bem aqueles que temos. As Piscinas Municipais, pela idade e pela procura que têm, merecem todo este investimento e atrevo-me a dizer que, mesmo assim, este valor investido não comporta todas as mudanças que são necessárias. Temos a reabilitação da fachada para fazer, durante o próximo exercício económico e haverá sempre coisas para atualizar. Tem de ser um trabalho feito de forma continuada e acompanhada, para que possa significar investimentos anuais mais pequenos, ao invés de investimentos maiores, como aconteceu agora, que resulta de muitos anos sem que tivesse acontecido este trabalho”, afirma.
O Complexo Municipal Victor Santos ganhou uma nova vida. Alenquer conta agora com um complexo que, não sendo novo, está melhorado e com várias inovações que trazem qualidade ao serviço disponibilizado a cada um dos utilizadores.